Os líderes têm de saber como trabalhar através das
fronteiras organizacionais, eles precisam de colaborar. Este post é dedicado às skills que os líderes precisam de desenvolver se quiseram colaborar
de forma bem sucedida.
As skills necessárias
para uma colaboração eficaz não são as mesmas utilizadas para trabalhar
eficazmente numa equipa. Colaboração não é a mesma coisa que trabalho de
equipa. Os líderes tradicionais nas organizações hierárquicas motivam as
equipas e as suas unidades em direcção a uma meta comum. Mas a redes de colaboração é
diferente, uma vez que eles organização grupos de funcionários por função e por
produtos (em conjunto) e estes líderes promovem a colaboração através de diferentes unidades
e áreas funcionais dentro da empresa para atingir uma meta no qual o seu valor até pode ser diferente para os membros da equipa.
Confuso? Aqui está um exemplo.
Consideremos o sucesso do iPod da Apple vs. um produto semelhante lançado pela Sony.
A Apple demorou apenas 8 meses para encontrar uma forma de
criar o iPod devido à rede de colaboração
dentro de toda a organização. Por outro lado, a Sony levou 3 anos até lançar o
MP3 semelhante que teve apenas um pouco de sucesso.
A Apple não vendeu porque tinha melhor tecnologia, aliás a
bateria do iPod veio da Sony. O sucesso do iPod é graças a capacidade da Apple para gerir inovação através de networks ou redes de colaboração internos e externos. Na Sony existe uma cultura que encoraja competição individual e não
a colaboração.
Portanto quais as são COMPETÊNCIAS DE COLABORAÇÃO?
Os melhores líderes colaborativos compreendem a organização
e as suas pessoas. Eles são
distinguidos através das 6 seguintes capacidades:
1. Perspectiva da
empresa: compreendem qual é a estratégia de negócio da empresa e como o trabalho
conjunto se alinha a essa estratégia.
2. Perspectiva inter-funcional:
compreendem as necessidades, as medidas, os incentivos e os resultados de diferentes
funções e unidades de negócios.
3. Perspectiva do cliente: não só
compreendem os interesses e as necessidades dos clientes, como também conseguem
manter a equipa focada em tomar decisões que melhoram a experiência do cliente.
4. Auto-gestão: exibem auto-controlo
quando desafiados. Têm paciência quando lidam com colegas que têm dificuldade
em compreender o propósito de uma iniciativa de colaboração.
5. Ouvem com respeito: ouvem com
objectividade e com respeito às múltiplas opiniões. Partem do princípio que os
colaboradores são capazes e darão o seu melhor.
6. Influência matricial: eles distinguem-se pela comunicação com os diferentes stakeholders e influencia-os a suportar
este tipo de projectos colaborativos.
As companhias podem
melhorar ou implementar esta iniciativa de redes de colaboração através destas 5
directrizes:
1. Ser claro acerca do destino: qual é o propósito? Comunicar estas definições aos membros da colaboração.
2. Desenvolver
compreensão mútua: a colaboração depende da confiança e a confiança depende
de uma boa comunicação. Os líderes também têm de compreender e respeitar os
objectivos dos parceiros de forma a alinhar
todos estes diversos objectivos.
3. Saber
quando liderar e quando seguir: eles têm de estar confortáveis para,
ocasionalmente, deixar os seus parceiros tomarem o papel de líder. Qual é o
papel dos membros? Em que áreas eles irão sobressair?
4. Estabelecer
horários e mantê-los: manter um prazo realista evita conflitos e previne desapontamentos.
5. Encorajar a
partilha de informação: os líderes podem passar todo o seu conhecimento
através da orientação, partilhar em fóruns e estabelecer linhas de orientação
que encorajam o uso destas actividades colaborativas.
Mais do que o tipo de liderança acho que estamos a falar de um tipo de cultura organizacional. A organização é guiada por que directrizes? Se for neste âmbito então é caracterizada pela partilha de conhecimento e informação independentemente do departamento ou unidade da organização - são constituídas redes de colaboração.
Todos têm um papel fundamental na construção de um produto ou serviço e creio que é esta ideia que permite um crescimento económico na empresa (como pode ser observável na Apple).